A Diretoria Executiva do Sinasefe Acre vem a público ESCLARECER que as assembleias de greve são espaços democráticos para os servidores manifestarem livremente suas opiniões e propostas acerca dos temas debatidos, a fim de que sejam tomadas decisões importantes sobre o movimento paredista e que as decisões das assembleias são coletivas e não podem ser individualizadas.
Desde as primeiras assembleias que tiveram como pauta a definição dos serviços essenciais a serem realizados pelos servidores do Ifac Campus Rio Branco, a maioria dos servidores decidiram que as atividades do Núcleo de Assistência Estudantil (Naes) não seriam consideradas como serviço essencial no período de greve. As discussões sobre o tema foram feitas de forma aprofundada pelos servidores em mais de uma assembleia, que tiveram a presença de estudantes e de membros do Diretório Central dos Estudantes, DCE do Ifac. Lembrando que, no início da greve, o edital de auxílio permanência do Campus Rio Branco ainda não havia sido lançado.
Diante dos relatos de atitudes inapropriadas de estudantes gravando vídeos de servidores durante as assembleias; e considerando publicações feitas na conta do DCE no Instagram “dceifacof” e em grupos do Whatsapp, mencionando a coordenadora do curso de Processos Escolares, distorcendo a fala da servidora quanto ao pagamento de bolsas e citando também outros servidores do Campus Rio Branco nos comentários, a Diretoria Executiva do Sinasefe Acre esclarece que as manifestações feitas de forma desrespeitosa e a atitude de gravar servidores durante as assembleias são absolutamente desaprovadas. Acreditamos que tais atitudes não contribuem para um ambiente de diálogo e respeito.
Além disso, a Diretoria considera esta postura como uma forma de assédio moral contra os servidores mencionados, com o objetivo de intimidar e calar as vozes dissonantes nas assembleias, de forma autoritária. Acrescenta, que ocorreu uma situação semelhante no Campus Transacreana, onde o Comando Local de Greve recebeu denúncias de estudantes que dão a entender que os servidores estariam contra os estudantes no debate acerca da concessão do auxílio permanência, o que não é fato, mas, sim, uma concepção equivocada e descontextualizada sobre como ocorre o processo da concessão dos auxílios.
A Diretoria manifesta solidariedade com a coordenadora de Processos Escolares e demais servidores que se sentiram intimidados com as atitudes de membros do DCE tanto nas assembleias quanto nas publicações em redes sociais. Aproveita para esclarecer que a greve é um direito previsto na Constituição Federal, conquistado em anos de luta. Que é uma tentativa de manipulação associar o pagamento de salário do trabalhador em greve com o pagamento de auxílio financeiro do aluno sem aulas.
Finalmente, reafirma que entre as reivindicações desta greve está a recomposição do orçamento da Educação Federal que proporcionará, inclusive, o aumento da assistência estudantil, a oferta de mais cursos e a melhoria da infraestrutura nos campi, trazendo benefícios diretos a toda a comunidade escolar do Ifac. A conquista de melhores salários e condições de trabalho dos servidores também trará benefícios aos estudantes, com a redução da rotatividade de técnicos e professores e a melhoria na qualidade do ensino, pesquisa e extensão.
Convidamos a gestão do DCE a refletir sobre suas ações e buscar o diálogo construtivo com os servidores. A união da comunidade escolar é fundamental para fortalecer a luta por uma educação pública de qualidade para todas e todos.
Rio Branco – Acre, 10 de junho de 2024
Diretoria Executiva do Sinasefe Acre