A Conferência Livre do Meio Ambiente promovida pela parceria Ifac-Campus Rio Branco e Sinasefe Acre cumpriu sua missão. Ao longo da tarde e parte da noite da sexta-feira, 24/01, foram finalizadas as propostas para aos cinco eixos temáticos e eleita uma delegada para a 5ª Conferência Nacional.
Com fala pela gestão do Ifac-Campus Rio Branco, a professora Josina Pontes, que é uma de nossas filiadas, deu as boas-vindas. Explicou a finalidade das Conferências Livres, destacando a importância do exercício de cidadania em participar das tomadas de decisão do poder executivo.
O coordenador de Assuntos Jurídicos e Legislativos do Sinasefe Acre, Kacio D’Angelys, falou na abertura da programação em nome da Diretoria Executiva e recordou que a pauta ambiental é uma das urgências apontadas pela base sindical, como na decisão tomada na assembleia de Setembro de 2024, em que filiadas(os) exigem a construção de um plano de contingenciamento para enfrentamento de extremos climáticos, nas unidades do IFAC.
Kacio reforçou ainda o alerta de pesquisadores do clima e ativistas ambientais cujas previsões se concretizam em intensidade cada vez mais grave para populações vulneráveis e que são principalmente essas pessoas a quem o Ensino público atende.
A Conferência Livre teve a participação do pesquisador da Embrapa, Eufran Amaral, que apresentou uma breve análise de conjuntura a respeito do Contexto da Amazônia acreana em meio à crise climática.
Na sequência, o professor Luis Antônio de Pinho, também filiado ao Sinasefe Acre, explicou a metodologia que seria seguida nos Grupos de Trabalho (GT) por Eixo Temático e a retomada para as votações.
Conheça as propostas mais votadas!
Eixo 1: Mitigação
– Desenvolver uma pecuária mais sustentável, utilizando práticas como: Diminuir os pastos, buscando soluções como corredores ecológicos. (Mata ciliar dos igarapés principalmente nos açudes, pois abastecem os reservatórios de água usados pelos animais)
– Diminuir o uso de agrotóxicos e fertilizantes na agropecuária, adotando práticas sustentáveis.
Eixo 2: Adaptação e Preparação para Desastres
– Garantir uma fiscalização eficiente nas Terras indígenas e nos territórios adjacentes para assegurar a proteção das comunidades que historicamente tem contribuído mais na conservação das florestas através do modo de vida compatível com a sustentabilidade, de maneira a prevenir a invasão dos seus territórios para a prática de atividades ilícitas e prejudiciais ao meio ambiente.
– Incentivo e parcerias para o desenvolvimento de tecnologias acessíveis, para o monitoramento das chuvas dos rios, especialmente, para a população mais afetada, estar possibilitando a saída para locais seguros e evitando maiores danos e prejuízos.
Eixo 3: Transformação Ecológica
– Criar linhas de financiamentos de projetos para monitoramento de questões ambientais, com foco em populações socialmente excluídas (Indígenas, ribeirinhos, extrativistas, quilombolas…)
– Criar aplicativos para denúncia em tempo real de crimes ambientais, disponíveis para povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos, populações periféricas.
Eixo 4: Justiça Climática
– Criar um sistema de reciclagem de materiais orgânicos para uso em fertilizantes naturais e incentivar as empresas recolhendo materiais recicláveis.
– Desburocratizar o uso de placas solares, tornando o acessível para as populações de baixa renda.
Eixo 5: Governança e Educação Ambiental
– Promover ações de educação ambiental nas escolas, em todos os níveis e modalidades de ensino.
– Tornar obrigatório o desenvolvimento de projetos de educação ambiental com recursos destinados aos institutos federais levando projetos com interação escola e sociedade.
Delegada Eleita: Aldenora Ferreira de Sales da Silva (aluna do curso Licenciatura em Ciências Biológicas)







